Prof. Klinger - Esclarecimentos

Caros colegas professores:

Em virtude do curto tempo que temos para esclarecer diversos tópicos do nosso projeto e dos vários motivos que nos trouxeram até aqui, a essa campanha relâmpago, vimos a necessidade de deixar claro algumas coisinhas.
A primeira é de deixar bem claro que não estamos aqui por oportunismo, ou de qualquer outro "ismo" que nos iguale ao joguete político das velhas e sórdidas práticas tão divulgadas pela telinha. Estamos aqui porque acreditamos no nosso potencial, no nosso projeto e na nossa luta, e, sobretudo, em todos aqueles que fazem a Escola Anísio Teixeira.
A segunda é dizer que nós não temos por que estar, a todo custo, pedindo a um e a outro que vote em nós - gesto muito comum da "politica" que tanto condenamos.
O que algumas pessoas não percebem, ou fingem não perceber, é que nós sempre estivemos aqui, mesmo sem berrar ou forçar simpatia, evitando comer em determinados pratos e também de fazer panelinhas. Estamos aqui por um ideal, e não para tornarmos verdadeiras as estatísticas de um sistema que já faliu há muito tempo, e que muitos - principalmente os tecnocratas e seus títeres pedagógicos - vêm tentando alinhavar a barra do já puído tecido educacional brasileiro.
("Os lírios não brotam das leis/ meu nome é tumulto e escreve-se na pedra.") Estamos aqui porque queremos resgatar a dignidade de uma parcela da população que vem sofrendo os mais diversos ataques e saques - a juventude pobre e sofrida.
Alcides foi assassinado, não por cursar o último ano de Medicina, mas porque os seus assassinos não tiveram o direito do resgate da dignidade. Ao que parece, eram jovens como ele, cresceram na pobreza e entraram na Universidade do Crime, que não carece de livro nem de vestibular. Quantos Alcides morrem e quantos ainda morrerão também na nossa Fortaleza bela?
Caros colegas, a nossa tarefa é muito mais difícil do que elevar o IDEB e as notas de todas as avaliações criadas pelos "gênios da educação" do nosso país. A nossa tarefa, caros colegas, porém é mais simples: manter acesa a chama da esperança. Como?! Consultando menos os dados e observando mais os olhos dos nossos educandos; se preocupando menos em tornar a nossa escola em escola modelo, mas nos fazendo modelo; circulando mais em nossa escola, que lendo circulares ou navegando sem rumo pela net...
Caros colegas, não queremos os seus votos. Queremos que vocês se comprometam a levantar esta nossa bandeira: Ousadia com Responsabilidade.
Espero que essas poucas palavras sejam suficientes para ratificar o nosso ponto de vista, ou melhor, a nossa postura diante da realidade.

Obrigado a todos aqueles que leram. Um forte abraço.
Klinger